Pesquisa lista 5 grandes insights em Viagens Corporativas
No pós-pandemia, as viagens corporativas, assim como os viajantes, passaram por mudanças. Mas é interessante observar que o cenário atual está mais próximo ao status quo pré-pandemia do que do cenário de transformações aceleradas que era previsto. Esse insight é apenas um dos muitos revelados pela pesquisa encomendada pela PANROTAS e pela Trend à TRVL Lab. Confira abaixo quais são as cinco grandes sacadas para o setor de viagens corporativas reveladas pelo estudo Transformação do Viajante Corporativo Brasileiro. 1. Os não tão novos formatos de trabalho Após alguns anos de pandemia, algumas mudanças na forma de trabalhar certamente foram observadas, porém as tendências apontadas no auge deste período não refletem o comportamento atual da maioria. O presencial voltou a ser o modelo preponderante, ainda que o formato híbrido tenha ganhado espaço. Em alguns cenários, as viagens corporativas voltariam em quantidades reduzidas, mas para a maioria dos viajantes corporativos brasileiros, elas aumentaram. Há mais flexibilidade por parte das empresas para autorizar e até incentivar as viagens também híbridas (blended travel/bleisure) e o escritório de qualquer lugar (anywhere office), mas seu uso por parte dos viajantes ainda é moderado. Em resumo, estamos mais próximos do status quo pré-pandemia do que do cenário de transformações aceleradas que era previsto. 2. Mais autonomia para o viajante As políticas de viagens estão mais flexíveis que no pré-pandemia e concedem mais autonomia de escolha aos viajantes, inclusive com aumento da atenção às preferências de cada indivíduo. Entretanto, o poder de influência na escolha por conveniência, conforto e praticidade é mediano. Grande parte dos viajantes brasileiros tem autonomia para escolher fornecedores de viagens, sendo que algumas vezes há limitação orçamentária. O que não demonstrou grandes avanços foi o processo de pagamento e prestação de contas. Ainda há solicitação de reembolso de forma pouco digitalizada e com baixa praticidade e liberdade, apesar do incremento de soluções inteligentes disponíveis no mercado. 3. ESG conceitual Algumas empresas começam a prestar atenção na cadeia completa de fornecedores e a priorizar aqueles que atentam para a sustentabilidade, mas ainda não são a maioria. Viajantes estão mais atentos ao consumo local e à sustentabilidade, deixando de ser uma tendência para ser um comportamento conceitual adotado, porém ainda por uma maioria inicial de acordo com a Lei da Difusão da Inovação. Na prática, as decisões ainda não são pautadas na sustentabilidade e não refletem na aceitação de cobranças adicionais por produtos e serviços mais sustentáveis e responsáveis. O buzz do ESG é mais teórico que real. 4. Tecnologia facilitadora As ferramentas tecnológicas mais utilizadas em viagens corporativas são aquelas amplamente aplicadas no dia a dia como Google, os aplicativos das OTAs, as próprias ferramentas disponibilizadas pelas empresas e o WhatsApp. Na vida real, biometria, reconhecimento facial, assistentes de voz e inteligência artificial ainda são tendências para o futuro. Somente quando estas tecnologias facilitarem efetivamente uma jornada do cliente já entregue sem atrito é que elas serão amplamente adotadas. 5. O futuro tem cara de passado O mundo dá voltas e se transforma, mas viajantes corporativos brasileiros gostam do cara a cara. Breves reuniões continuarão sendo realizadas remotamente, mas o presencial continuará valorizado. Os eventos presenciais são considerados importantes e viagens tidas como fundamentais para a manutenção saudável dos negócios. O que mudou efetivamente foi o aumento do planejamento e das atividades realizada em uma viagem, potencializando seus resultados. As viagens de negócios já voltaram aos patamares pré-pandemia, apesar das empresas estarem mais criteriosas no processo de autorização e com os seus orçamentos para este fim ainda reduzidos Fonte: Panrotas