Amsterdã quer eliminar cruzeiros até 2035; entenda a restrição

A Câmara Municipal de Amsterdã votou e irá banir, progressivamente, a presença de navios de cruzeiros, com o objetivo de fechar completamente o Terminal de Cruzeiros de Amsterdã até 2035. Com isso, o município anunciou que, a partir de 2026, o número de navios de cruzeiros visitado a capital holandesa será quase cortado pela metade, indo de 190 para, no máximo, 100 navios ao ano. O Terminal de Passageiros de Amsterdã será revertido para um cais único e, a partir de 2027, todos os navios de cruzeiro serão obrigados a utilizar energia em terra, reduzindo as emissões enquanto estiverem atracados. As iniciativas visam diminuir o fluxo de turistas na cidade, que sofre com o Turismo de massa. Devem contribuir, ainda, para um município mais limpo e sustentável, segundo autoridades. Contudo, admitem as autoridades, estes ganhos ambientais acarretam em compensações econômicas. Espera-se que a redução no tráfego de cruzeiros marítimos reduza os gastos dos turistas em museus, restaurantes, lojas e outras atrações. Esta diminuição da atividade turística afetará também as vendas de combustíveis, bem como reduzirá as receitas provenientes dos impostos turísticos. As implicações financeiras desta decisão deverão ser abordadas na próxima reunião do município, embora não sejam esperados impactos orçamentais imediatos para 2025. No entanto, a Bloomberg calculou que a cidade pode perder de 46 milhões de euros a 103 milhões de euros com a decisão. As informações são do Travel Pulse, Bloomberg e Travel and Leisure. Fonte: Panrotas

4 tendências em cruzeiros nos EUA que devem soprar para cá

A Clia Global, em parceria com a MMGY Travel Intelligence e a Travel Zoo, divulgou um estudo que revela as tendências em cruzeiros para os próximos anos nos Estados Unidos. Intitulada ‘From Shore to Ship: Attracting the Next Wave of Cruisers’, a pesquisa foi publicada em um momento oportuno, conforme explicou a MMGY Travel Intelligence: a indústria se prepara para um aumento da frota de navios, em uma forma de satisfazer a demanda mundial crescente. Como em muitas vezes na indústria do Turismo as tendências surgidas nos Estados Unidos ecoam por aqui pouco tempo depois, é interessante ficar de olho no que o país líder em cruzeiristas tem apresentado. Entre os destaques estão a sustentabilidade, a busca por tranquilidade e por locais próximos aos EUA, como Caribe e Alasca. A pesquisa também revela que amigos e familiares são as fontes de informação mais influentes para potenciais viajantes quando pesquisam opções de viagem (58%). Sites de destinos (34%), sites de avaliação de viagens (29%) e agências de viagens online (29%) também estão entre os mais populares. Confira as tendências a seguir: 1. Cruzeiros sustentáveis e responsáveis O estudo revelou que há preocupações com impacto ambiental e comunitário, o que revela um segmento de mercado interessado na sustentabilidade. No entanto, eles desconhecem os esforços de sustentabilidade dos cruzeiros e não associam cruzeiros a esforços de sustentabilidade cultural. Neste sentido, embora a maioria dos potenciais cruzeiristas nos Estados Unidos se sinta pelo menos um pouco informado sobre práticas de viagem responsáveis, há uma notável preocupação na conscientização sobre os esforços dos cruzeiros em ESG. Segundo o estudo, isso aponta para uma necessidade de melhor comunicação e educação por parte da indústria de cruzeiros 2. Cruzeiros para relaxar Os viajantes veem cruzeiros apenas como um espaço para relaxar, buscando tranquilidade. Mesmo assim, o interesse dos cruzeiristas aumenta à medida em que aprendem sobre outras opções, como culturais, de aventura, personalizadas, e até cruzeiros temáticos. De acordo com a pesquisa, isso sugere que uma consciência mais ampla poderia transformar o cruzeiro em uma viagem de descoberta e aventura. 3. Cruzeiros em regiões próximas Os cruzeiristas dos Estados Unidos demonstram uma tendência para viagens em regiões próximas ou que façam parte da cultura americana, como Caribe, Bahamas, Bermudas, Havaí e Alasca. Para o estudo, laços culturais familiares e distâncias de viagem mais curtas podem ser influentes nesta tendência. Ainda assim, Austrália, Nova Zelândia e o Pacífico possuem um potencial interesse de cruzeiristas norte-americanos, com 28%. A América do Sul, sem especificar o país, aparece com 18% de interesse, acima de Ásia e China (15%). 4. Cruzeiros com desconto Estratégias rentáveis são essenciais para converter o interesse em reservas reais de cruzeiros. É isso que o estudo da Clia revela. Por isso, promoções e descontos são estratégias importantes para transformar o interesse em reserva. Esse dado dialoga com a terceira maior barreira para fazer um cruzeiro: impedimentos financeiros; segundo o estudo, 41% dos potenciais cruzeiristas citam os custos como um problema. Esta restrição financeira é crucial, pois não afeta somente a decisão inicial de reservar um cruzeiro, mas também tem impacto na escolha das atividades a bordo, como evidenciado pelos 37% que foram desencorajados de reservar no passado devido aos custos adicionais das excursões. Fonte: Panrotas

Chegada de turistas internacionais ao Brasil sobe 8,6% em 2024, com 3,2 mi visitantes

O Brasil recebeu 3.264.765 turistas internacionais de janeiro a maio de 2024, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando registrou 3.005.505 entradas. Este é o terceiro melhor resultado da série histórica iniciada em 1995. Em 2017, foram registrados 3,3 milhões de turistas, enquanto em 2018 o número alcançou 3,4 milhões. Comparado a 2019, o aumento é de 4,3%. “Esse início de ano tem sido muito positivo para o Brasil, tanto em termos de entrada de turistas quanto de divisas. Isso ocorre porque temos trabalhado para que o mundo inteiro saiba que o Brasil voltou, como costuma dizer o presidente Lula. Estamos nos posicionando nos temas mais importantes de nosso tempo, como meio ambiente, sustentabilidade, respeito à diversidade e democracia, construindo esse Brasil. E as pessoas querem visitar nosso país, que é diverso, continental e desempenha um papel crucial na solução dos problemas econômicos e ambientais globais”, afirmou Marcelo Freixo, presidente da Embratur. O levantamento da Embratur baseia-se na análise dos dados do Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal (PF). Os principais emissores de turistas para o Brasil nos primeiros cinco meses de 2024 foram Argentina, com 1.132.872 turistas, Estados Unidos, com 298.021, e Chile, em terceiro lugar, com 294.485. “Com esses números promissores, o Brasil reforça sua imagem como um dos destinos mais desejados na América Latina. E espera- se que o setor continue crescendo nos próximos meses, especialmente com a realização de eventos importantes como a reunião do G20 e o Rock in Rio. Essa movimentação turística impacta o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no país”, declarou. Destinos em destaque O Chile registrou um crescimento significativo de 46,3% nas entradas de turistas no Brasil em comparação ao mesmo período do ano passado, impulsionado pela expansão da malha aérea entre os países, que resultou em 41,5% mais voos do que em 2019, com 2,4 milhões de assentos adicionais. Já a Argentina viu uma queda de 9,4% nas entradas de turistas, mitigada por estratégias da Embratur para manter a frequência de visitas. Paraguai ficou em quarto lugar, com 243.479 turistas, seguido pelo Uruguai, com 210.915. Cinco países europeus completam o top 10: França, com 97.207, Portugal, com 91.885, Alemanha, com 83.387, Reino Unido, com 74.181, e Itália, com 61.661. França teve o segundo maior aumento no número de visitantes, com 32%, passando de 73.700 turistas nos primeiros cinco meses do ano passado para 97.207 neste ano. A Itália ficou em terceiro, com crescimento de 21,7%, de 50.700 para 61.661 turistas. Alemanha teve aumento de 18,2%, Reino Unido de 17,4%, Portugal de 16,5%, Uruguai de 12,9%, Paraguai de 12,4% e Estados Unidos de 8,4%. Fonte: Mercado & Eventos

Brasil e Arábia Saudita fecham acordo de vistos de Turismo

Mais turistas sauditas vindo para o Brasil. É o que se espera com a aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 463/22, que prevê um acordo entre o Brasil e a Arábia Saudita para a concessão de vistos de turismo entre as duas nações. Na prática, a lei facilita a entrada dos visitantes do país árabe para conhecerem o Brasil. O acordo bilateral entre Brasil e Arábia Saudita concederá aos cidadãos da outra parte vistos com múltiplas entradas e de finalidade exclusiva de visita (turismo ou negócios). O prazo de validade do visto será de até cinco anos e para um período autorizado de estada de até 90 dias, dentro de um total de 180 dias por ano, desde que o solicitante apresente passaporte válido. Ao final do período previsto de cinco anos, o visto poderá ser renovado automaticamente. De acordo com a legislação, o acordo exige respeito às leis, regulamentos e tradições vigentes nos territórios. As partes podem, ainda, negar a entrada, abreviar a validade do visto ou terminar a estadia sempre que tiverem preocupações relativas a determinados indivíduos. O texto, que foi aprovado no plenário da Câmara e será enviado ao Senado, não prevê vistos de imigração, trabalho e outros de finalidade religiosa, como a Hajj (peregrinação com data anual estipulada dos fiéis muçulmanos a Meca) ou a Umrah (peregrinação à Grande Mesquita, em Meca, que pode ser feita por muçulmanos em qualquer período do ano). Fonte: Panrotas

Turismo do Sono cresce no Brasil e no mundo; entenda o conceito

Já pensou em tirar um final de semana longe de casa para ter boas noites de sono? Esse é o princípio do Turismo do Sono, um segmento que vem crescendo no Brasil e no mundo nos últimos anos. Um estudo publicado pela HTF Market Intelligence projeta um cenário positivo para o setor de hotelaria, com um 2023 que já atingiu números expressivos. No último ano, houve crescimento global de 8% no modelo de negócio, registrando faturamento de US$ 641 bilhões. Para a especialista Carla Vieira Lopes, coordenadora do Programa Senac Turismo do Senac-SC, o Turismo de sono advém de duas tendências, bem-estar e slow tourism, e ambas cresceram com o pós-pandemia. “O Turismo do sono advém do Turismo de bem-estar, um segmento que se tornou tendência no pós-pandemia. Por mais inusitado que pareça, o objetivo inicial é ter um lugar para dormir bem. O turista se planeja para ficar realmente isolado e colocar o sono em dia”, explica a especialista. Para ela, viajar a lazer já foi sinônimo de oxigenar a mente, descansar e expandir horizontes, mas com a pressão do mundo contemporâneo, do imediatismo, as viagens se tornaram mais exaustivas e o tempo de viajar se tornou escasso. Porém, com a pandemia houve uma desaceleração… “Voltamos ao slow tourism, isto é, a um Turismo de contemplação, de apreciar o momento, as paisagens. Um tipo de Turismo em que o contato com a cultura local é muito mais enfatizado e que o que vale são as experiências”, aponta Carla. No Brasil, a procura por este tipo de viagem também aumentou: 58% dos turistas afirmaram que desejam viajar para dormir melhor, segundo um levantamento feito pela plataforma Booking.com. “Há alguns anos, estamos identificando uma demanda crescente por viagens focadas no bem-estar e na saúde física e mental, com dados que mostram a importância deste tipo de Turismo para os viajantes brasileiros”, diz o gerente Regional da Booking.com no Brasil, Nelson Benavides. Serviços relacionados ao Turismo de sono também tiveram um aumento significativo. Dados coletados em 2022 pela Booking.com com mais de 24 mil entrevistados de 32 países mostram que essa tendência do Turismo de bem-estar também se destacou entre os viajantes brasileiros, sendo que 44% deles procuravam viagens voltadas à prática de meditação e mindfulness; 39% queriam encontrar a paz em um retiro de silêncio; e 42% consideravam fazer uma pausa dedicada à saúde – como se concentrar em sua saúde mental. A arte do bem receber A hospitalidade está presente no spa day, nas casas de aluguel, nas pousadas de charme, no hotel boutique… E são estes espaços que estão se aprimorando em receber o turista do sono com infraestrutura e serviços adequados, conforme explica Carla. “Não somente na hotelaria formal, mas na arte de bem receber como um todo”. Segundo Carla, ainda que o segmento de Turismo do sono seja novidade para muitas pessoas, o setor de hotelaria, tanto no Exterior quanto no Brasil, está aperfeiçoando infraestrutura e serviços a fim de conquistar mais clientes. Um estabelecimento que garante tê-lo notado é o Bourbon Curitiba Hotel & Suítes. “Há pouco mais de um ano estamos investindo em serviços com foco no sono do hóspede”, afirma o gerente geral do empreendimento, Henrique Pena. “Buscamos entender o movimento de pessoas que vinham passar o fim de semana no hotel e vimos que muitas vezes eram os próprios curitibanos. Pais que queriam uma noite a sós ou pessoas a fim de sair da rotina”, completa. Com esse diagnóstico, o hotel investiu na preparação para o Turismo de sono. O primeiro passo foi o foco no colchão. “Temos padronização na qualidade do colchão, roupa de cama adequada, e alto investimento na arrumação das camas. Também diversificamos o menu de travesseiros, com sete opções, e arrumação toda pensada para a hora de dormir: música ambiente, cheiro de essência tranquilizadora, chá relaxante, entre outros”, explica. O que faz um hotel capacitado para receber o turista do sono? Uma pesquisa divulgada pelo Sebrae revela que o serviço de hospedagem não precisa ser 100% especializado no assunto para receber o público do Turismo de sono. Isso abre um leque de oportunidades para pequenos e médios negócios: “Penso que se deve planejar antes de executar, portanto, o primeiro passo é se preparar para receber esse tipo de hóspede. Conhecer as exigências do público e qual a infraestrutura necessária de adaptação no empreendimento. Depois, é preciso ofertar serviços especializados, portanto, terceirizar ou contratar profissionais qualificados. Talvez realizar alguma parceria com o fornecedor a fim de criar ainda mais conceito e reputação. E, por fim, divulgar o que está fazendo”, aponta Carla. Onde ter uma noite bem dormida? França, Índia, Itália, Bali… São diversos os destinos que podem receber o turista para uma boa noite de sono. “Nos Alpes Suíços, a hotelaria está ofertando programas completos para beneficiar um sono tranquilo e de qualidade que inclui meditação, passeios e aromaterapia. Já em Portugal e Londres estão focando na infraestrutura mais tecnológica para proporcionar conforto ao hóspede”, ressalta Carla. No Brasil, destacam-se destinos interioranos. O Estado de Goiás é um dos destaques da executiva do Senac: “Dá para destacar como destino desse nicho de mercado as proximidades do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Alto Paraíso de Goiás, por exemplo, já é um destino com forte vocação ao místico, ao contato com os elementais e portanto, naturalmente tem como apelo à paz interior, a ‘se encontrar consigo mesmo’”, aponta Carla. O badalado arquipélago de Fernando de Noronha também pode ser uma boa pedida para quem busca paz e contato com a natureza, longe de tudo e de todos, acrescenta a especialista. “A escolha de um destino é algo pessoal e que demanda bastante pesquisa por parte dos viajantes. Para aqueles que buscam férias focadas no bem-estar, é preciso entender se as características e atividades oferecidas em um local atendem às suas expectativas. Na hora de planejar uma viagem focada em um sono de qualidade, é possível se atentar a diversos aspectos, por exemplo, ao buscar uma acomodação, é interessante observar as avaliações de outros hóspedes sobre a estada e verificar suas experiências